Synopsis
Este livro de Enoque é um dos três que é atribuído a este personagem bíblico. Este livro que iremos abordar aqui não é o famoso livro citado na epístola de Judas. O livro aqui abordado é conhecido no meio acadêmico como o livro de Enoque ESLAVO, enquanto o livro de Enoque citado no Novo Testamento é conhecido com o livro de Enoque ETÍOPE. Esta versão somente foi preservado no idioma eslavo e nenhuma vez ele foi citado pelos pais da Igreja do primeiro século. O manuscrito deste livro foi encontrado na Rússia e na Sérvia. Quem o apresentou foi Kozak em um artigo na literatura Jahrh f. Prot. O ol. pp. 127-158 (1892). O erudito Morfill tinha impresso dois manuscritos desta obra. Uma análise não muito profunda dá para perceber que se trata de pseudo-epígrafo de quinta categoria, cujo autor pretendia que sua obra ficasse conhecida no mundo, usando como era comum dos falsários literários: Usar o nome de um personagem famoso como sendo o autor do livro.“Esse novo fragmento da literatura primitiva veio à tona através de certos manuscritos que foram encontrados recentemente na Rússia e em Servia e, até o momento, ainda é conhecido, foram preservados apenas em eslavo. Pouco se sabe sobre sua origem, exceto que, em sua forma atual, foi escrito em algum lugar sobre o início da era cristã. Seu editor final era um grego e o lugar de sua composição, o Egito. Seu valor está na influência inquestionável que exerceu sobre os escritores do Novo Testamento. Algumas das passagens sombrias deste último são praticamente inexplicáveis sem a sua ajuda.Inúmeras evidências mostram que este livro é mais um pseudo-apócrifo. Suspeita-se que mesmo sendo traduzido do eslavo no século XIX, a verdade é que há evidências que uma doutrina antiga sobre sete céus esta contida neste livro e que provavelmente Maomé que plagiou várias histórias bíblicas e livros apócrifos judaico-cristão tenha emprestado este conceito dos sete céus, e incorporou na doutrina muçulmana. O livro é interessante para o estudioso da Bíblia e da religião, pode ter valor moral, mas não histórico como sendo de Enoque ou sequer transmitido oralmente por ele.